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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

VOU SAIR DO TERREIRO COMO FAÇO?

















VOU SAIR DO TERREIRO COMO FAÇO?

A enorme quantidade de médiuns que entram e saem dos terreiros deste Brasil, são enormes, e eu particularmente sempre vejo com certa tristeza este trânsito enorme de médiuns indo e vindo, entrando e saindo, alguns médiuns mudando para outro terreiro e recomeçando suas trajetórias espirituais e outros dando início á suas próprias casas.
Tenho quase certeza que os planos astrais permitem este grande fluxo de pessoas para que haja uma reciclagem em nossa religião e em função das afinidades entre as pessoas, assim como seus objetivos dentro da feitura de santo e desenvolvimento mediúnico.
Minha intenção neste texto é retratar algumas situações que ocorrem no processo de desligamento ou afastamento de um membro da casa.

Nestes casos, devemos sempre nos lembrar da existência de um tempero ardido, chamado de relacionamento pessoal, onde a convivência religiosa diminui e crescem as deficiências de convivência.
Estas mesmas deficiências, na maioria das vezes, acabam dando lugar á um comportamento hostil envolto em um manto de mentiras e desentendimentos.
Á partir daí o médium que sempre se mostrou dedicado, ou aparentemente dedicado, vai forçar a sua própria saída, na maioria das vezes, pelas portas do fundo.
Começa então uma sequência de dissabores, problemas com os compromissos assumidos, desrespeito aos horários estabelecidos e com as normas do terreiro e um total descaso com os problemas ou necessidades da casa.
Temos, neste momento um comportamento típico de um médium que quer sair, mas não tem iniciativa ou ímpeto de verbalizar:
 “EU QUERO SAIR! “
Este comportamento quase sempre tem um final infeliz, seja pelo lado da casa, representada por um dirigente e também pelo lado do médium que na maioria das vezes acaba se queimando.
O pior e mais feio neste cenário, é o comportamento do médium, que depois de sair do terreiro, comumente sai falando mal da casa e de quem ficou na casa.
Tudo isto deveria ser evitado e encarado como relacionamento pessoal e não religioso.
O desprendimento e a solução deste problema estão nas mãos de ambos os lados, o dirigente pode tomar a iniciativa e através de um simples diálogo fazer com que o médium tome o seu caminho, já o médium também pode estabelecer um diálogo e seguir o seu caminho.
Em ambas as situações devem prevalecer à educação e a razão e não o sentimento e a emoção.
O dirigente, realmente não tem necessidade de uma conversa áspera com o médium na frente de outras pessoas, porém o médium não tem a necessidade de chegar no dia e na hora do trabalho, faltando vinte minutos para começar os trabalhos, dizendo:
- Adeus vou seguir o meu caminho... Respeito mútuo é sempre bem vindo né?
O terreiro não funciona somente nos dias de gira ou de consultas e nós que vivemos entre as maravilhas da espiritualidade podemos nos beneficiar das maravilhas da tecnologia e usar um celular, por exemplo:
- Querido Pai de Santo, gostaria de marcar um horário fora do dia de trabalho para conversarmos sobre a minha saída da casa... Não simplesmente abandonar os trabalhos da casa e suas responsabilidades com tamanha frieza e descaso como vemos...
Mas algumas “manteigas derretidas” (melindrosos) vão dizer:
 “Eu tenho medo desta conversa com o meu Pai de Santo”
“Daí eu te pergunto” , que tem mais medo nesta história?
O dirigente tem medo de perder um médium ou o médium tem medo da suposta reação do dirigente?
Como já presenciei, alguns vão argumentar:
“Sei que se eu sair ele ( Pai de Santo) vai me castigar fazendo trabalhos espirituais para mim... “
Então, isso significa, que nos últimos meses ou anos você trabalhou com uma pessoa que faz trabalhos ruins para os outros? , pois quem tem a insensatez de acertar o próprio médium, pode acertar qualquer um né?
Outros ainda mais acomodado vão dizer:
“Está ruim, mas vou levando, um dia eu saio, ou procuro um outro lugar, vou esperar mais um pouquinho...”
Céus! , Nossa Senhora!
Todos estes relatos são catastróficos, mas sei que são a realidade de muitos médiuns!
Apenas alguns conselhos para terminar:
Quer sair? ; saia, mas não fique de Mimi mi dentro da casa, tentando persuadir ninguém á ir junto contigo!
Saia pela porta da frente e com a cabeça erguida, preferencialmente deixando a porta aberta á suas costas...
Não invente mentiras ou desculpas que você mesmo não conseguirá sustentar por muito tempo...
Não gosta mais do terreiro onde você está?
Então saia e procure outro terreiro, mas, saia de boca fechada e não cuspindo no prato que te alimentou nos últimos anos, porque se esta comida foi ruim, lembre-se que você se fartou dela nos últimos tempos né? ; “então, está ““ ruindade” lhe é peculiar, ou ainda, se já tiver competência espiritual e carnal pra isso, saia e abra um terreiro com o seu nome, para que você possa avaliar e sentir todas as dificuldades do dia-a-dia de um terreiro, e peço ainda, que se você tem um mínimo de dignidade, saia sem fazer confusões, trapaças ou tentando por meios obscuros, chamar a atenção dos antigos irmãos de santo ou mesmo dos frequentadores e consulentes de sua antiga casa, para que eles te deem "atenção" no seu novo terreiro e passem á frequentar sua casa.
Á médiuns inexperientes e consulentes que se deixarem permitir estes ataques e tentativas, o lembrete: A casa pode ser nova, mas ainda não tem o respaldo espiritual que a sua já possui e raramente iniciará seus trabalhos com uma excelente qualidade espiritual, pois se lhe sobra boa vontade e sonhos faltam-lhe traquejos e experiência espiritual.
Começar do zero é começar com assistência e consulentes novos também!
Quem senta na janela com o trem andando, pode muito bem cair e se machucar...
É impressionante como é raro e muito pequeno a quantidade de dirigentes que estão presentes na inauguração das casas de seus filhos de santo... Ah, me desculpe, esqueci que você não convidou seu dirigente para a inauguração da sua casa nova, pois você brigou com ele, mentiu para ele, e muitas vezes o traiu...
Aos dirigentes, lembrem-se: médiuns vêm e vão, uns ficam outros não... Somente o trabalho fica.
Aos médiuns: Quem sair que saia, mas que seja pela porta da frente!

10 comentários:

  1. boa noite. muito bem colocado.todos os pontos.muitos devem ler este artigo.

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  2. Frequentei um terreiro de umbandomblé por aproximadamente 40 anos, é um terreiro fechado onde somente convidados entram. Smpre aprendi muito lá mas há muitos anos que não vejo um ensinamento sequer. Notei que sempre as mesmas pessoas são privilegiadas nas consultas e que o dinheiro se tornou o objetivo da maioria dos trabalhso/consultas.
    Sempre fui tratado em segundo plano, com exceção de quando eu estava bem financeiramente. pois bem, fechei meu ano nesse terreiro que eu tenho muito amor e respeito e decidi após 7 meses me dispedir e agradecer por todos esses anos.
    Esperava tomar uma bronca ou puxão de orelha mas pra minha surpresa fui humilhado e ofendido pelo caboclo dirigente. Fui chamado de ingrato e traidor e quando pedi benção para sair o caboclo recolheu a mão dizendo para eu pedir benção para o novo pai de santo que eu estou indo.
    A tristeza e decepção esta machucando muito meu coração. Será que fiz errado< deveria me omitir e deixar de frequentar sem falar nada?

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    1. Estou com medo do msm acontecer comigo não sei o que fazer

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    2. Jamais! Estou saindo pela segunda vez da casa, e o nome PAI carrega um peso muito grande. Você fez sua parte e ele tinha que ter feito a dele. Nos dois momentos de saída do terreiro estive num momento muito ruim na minha vida pessoal, e ao buscar ajuda e auxílio encontrei apenas o silêncio. A religião está sendo segregada por quem tem dinheiro e por quem não tem! Não tenham medo e não se arrependam das decisões tomadas. O seu orisà, entidades e Deus sabem de você e do seu coração, isso que importa. Chega uma hora que você precisa se posicionar e fazer por você. Para amar algo ou alguém, você precisa estar bem, ser acolhido, e ter a troca…. Se isso não está ocorrendo, procure, ou espere, teu orisà lhe mostrará o caminho a ser percorrido. NÃO SE OMITA.

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  3. Pode ter certeza de uma coisa o pai de santo estava marmotando, nunca que um caboclo irria te tratar assim pois fui criada por um hoje tenho 23 anos de idade .
    Hoje em dia umbanda e camdoble nao sao mais religiao e sim um negocio o amor e a caridade ao proximo foi trocado por ganancia e dinheiro. Triste assim

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  4. Pelo seu comentário já deve ver como o senhor deve conduzir, por que i pai de santos não é Deus nem dono de ninguém cada um sai da forma que achar melhor lógico que está com medo de enfrentar o dirigente. Porém ambas partes que que deixar livre a vida do outros.

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  5. Eu estou passando pelo mesmo processo, olha eu pensei e repensei tantas vezes de como deveria sair pedir ajuda meus guias e seguir meu coração mandei um mensagem pra minha mãe por que estamos distantes,mas se estivesse perto iria pessoalmente,não precisa dizer os motivos se não se sente bem diga apenas que vai sair por motivos pessoais seus , que vc sente carinho e muito amor e respeito pela casa mas seus caminhos serão outros por que seus pensamentos mudarão tbm , vc tem outros planos outras metas e decidiu cortar caminho seguir outra direção . Mostre sempre respeito vc vai ver que tudo vai dar certo.vc não está só ,seus guias vão te ajudar te desejo paz e muita harmonia que oxalá te abençoe

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  6. Eu estou com mesmo caso por aborrecimento de mãe pequena o modo dela mandar não concordo e. Tem anos que tento sair já pedi que eu tenho que aguentar meu coração pesa ao ir ao terrenoterreiro hoje me encytrste porque não é fácil essa ddesisao hoje teu a sgira falar é fácil. Sa licença pra saisIa pela poort da frente vou sair doeu modo não por fdersppoto ee a única forma gosto da minha mãe de santo mais as pessoas que te encofafffaz mal nossa dezedezenvovimento é melhorudde terreiro tenhsis de 7 anos mn não consegui deitar correto porr apagina tampando minha escrita não sou de a usoaks eu saio meu.meu coração será livaddomãe de santo acha que eu 3q

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  7. Tô no mesmo dilema, não tem nem. 3 meses que me iniciei, tô muito triste com o silêncio do babalorixá perante as pessoas que só vão e fazem as coisas quando é conveniente e em algumas situações desagradáveis.

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