Exu é
agente de ligação entre os homens e os Orixás. É guardião dos
caminhos, soldado executor das ordens de Pretos-velhos e Caboclos,
Executor da Justiça Cármica, e por isso mesmo, não faz mal a
ninguém.
Alguns
confundem Exu quando este executa a Lei de Justiça, confundindo-o
com praticante do mal; nada mais equivocado. Exu dá aquilo que se
pede. Se for o bem, devolve o bem, se pedirem o mal, devolve-o a
quem o pediu, se este não tiver razão em seu pedido. De forma
contrária, se percebe que o indivíduo que lhe pediu ajuda sofreu o
mal de outra pessoa, devolve-o na mesma moeda que desejou aquele que
lhe procurou.
Exus são
espíritos de pessoas que tiveram encarnação na Terra, ou em outros
orbes, ou seja, são seres criados pelo Pai que seguem o mesmo
caminho evolucional que nós, seres encarnados. São compromissados
com a espiritualidade superior e encontram-se como Exus nas falanges
de Umbanda por resgate cármico ou por optarem em manter-se nesse
estágio, auxiliando o trabalho das demais entidades da nossa querida
Umbanda. Isso não quer dizer, no entanto, que não há entre eles
espíritos que compõem a falange de Exus e Pombogiras em estágio
evolucional que lhes permite seguir outro caminho nos planos
superiores. Se permanecem auxiliando e guardando os planos
inferiores vibracionais, fazem-no por opção e escolha, para combater
o mal que ainda se encontra na criação divina.
Pelo
fato de Exus e Pombogiras atuarem em planos muito próximos as faixas
vibracionais da Terra, são espíritos profundamente conhecedores das
paixões humanas, de seus desejos, defeitos e qualidades. Trabalham
atuando nessa energia para ajudarem àqueles que buscam suas
orientações. Dizem que Exu e Pombogiras são “devassos”, prostitutas,
delinqüentes. Nada mais equivocado. Exu e Pombogira trabalham dentro
da energia sexual, da energia animal que liga os homens à Terra. Por
isso se apresentam como sedutores e encantadores aos seus
consulentes.
Na
verdade, por estarem os Exus e Pombogiras numa faixa vibracional
mais próxima à Terra, sua energia é mais densa, exigindo do Médium,
em sua incorporação um nível diferenciado de energia de quando vai
incorporar com outras linhas de Umbanda. Normalmente, o que ocorre
durante a incorporação das demais falanges é que o médium precisa
elevar sua vibração durante a incorporação com os falangeiros dos
Orixás, Pretos-Velhos, Caboclos e Crianças, e durante a incorporação
de Exu e Pombogira, por estarem esses atuando em campos vibracionais
mais densos, faz com que o médium diminua seu padrão vibracional
para uma incorporação perfeita.
O
trabalho de Exu consiste em guardar nossos caminhos, nos protegendo
de demandas e magias negras realizadas por espíritos obsessores ou
desafetos encarnados. Eles são agentes da magia e dos processos
sutis do uso das energias dessa magia. Em seu trabalho, cortam essas
energias anulando o potencial do mal que nos foi mandado, e
retirando e encaminhando a outros planos os espíritos inferiores que
estiverem trabalhando para nos tirar de nosso caminho. Faz esse
trabalho atuando dentro da Lei de Retorno, cobrando e resgatando
espíritos das trevas para que estes encontrem um caminho que lhes
possibilite encontrar-se de novo com os desígnios da Criação. Em
vários casos, encaminhando tais espíritos a novos processos
reencarnatórios.
Os Exus responsáveis pelas casas de Umbanda são os responsáveis pelo
andamento correto dos trabalhos durante as giras e consultas.
Não podemos deixar também de ressaltar que Exus e Pombogiras não
precisam entortar seus médiuns quando incorporam. Essa atitude
provém do próprio médium que acredita que para incorporar essas
entidades, necessita se fazer todo torto, com expressões de ódio no
rosto e com os dedos das mãos em formato de garras. Exus de Umbanda
não são espíritos zombeteiros que vivem de falar palavrão e que
precisem beber o tempo todo. Como já se pôde perceber do texto sobre
bebidas e fumo na Umbanda, presente em nosso site, a bebida tem
funções outras e diversas do intuito de satisfazer o desejo de
bebida de entidades, já que esse não existe dessa forma.
Os Exus possuem falanges distintas, bem como áreas de trabalho
diferentes conforme se percebe pelos diversos terreiros de Umbanda.
Os Exus atuam juntamente com uma Pombogira, formando o casal de
guardiões do médium, que deve cultuar e respeitar a ambos.
As falanges de Exu também possuem uma hierarquia que é seguida entre
os espíritos que a compõem conforme o grau evolutivo do espírito, e
a atuação nos planos vibracionais mais próximo aos Orixás de
Umbanda, ou próximo às trevas.
Muitas pessoas não gostam de Exu, porque dizem que Exu não satisfez
seus pedidos. Na verdade, não entenderam essas pessoas como é a
atuação dos Exus e Pombogiras. Eles não dão o que se pede; eles dão
o que a pessoa merece, e esse merecimento deve ainda estar de acordo
com a Justiça Cármica.
Laroyê Exu. Exu é mojubá! Salve a sua banda!
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