TUOD Tenda de Umbanda Ogum Delê (Direitos Reservados)
Povo De Umbanda!
Uma pequena menina, foi levada pela tia á um terreiro,
de umbanda numa festa de Cosme e Damião e lá,
vendo,
os guias manifestados, se encantou com aquele,
ambiente religioso,
Chegando em casa ela falou com os pais assim: “Pai
deixa eu ser da Umbanda ?”
O Pai e a mãe disseram: “De jeito nenhum, isso é coisa
do diabo”
E por toda a semana a jovem menina tanto insistiu que
por fim os pais falaram:
“Quer ser desta seita do diabo?, pode ser mas com,
uma condição, todo o culto que você for, quando você,
chegar em casa você vai tomar uma surra pará afastar,
"coisas ruins" que virão com você!
Então ela falou “Tudo bem, eu aceito”.
E assim começou o calvário daquela jovem menina, ia,
pro culto chegava em casa uma surra, ia pro culto,
novamente, chegava em casa, outra surra,
Um dia sua tia que a levou ao terreiro lhe deu uma,
blusa e saia brancas para que se vestisse como todos
na casa,
neste dia a menina estava radiante e muito feliz com
sua roupa branca, dançou e cantou várias cantigas na
frente do,
altar sozinha e bateu cabeça ao seu Pai de Santo, que,
carinhosamente chamava de “Padrinho”, mesmo,
sabendo que,
apanharia de seu pai biológico quando chegasse em
sua casa...
No término do culto o pai da menina chegou bêbado,
pegou a menina pela mão e a espancou muito diante
do,
terreiro,
e não satisfeito jogou-a no chão com força, desta,
forma, batendo a cabeça dela no meio fio e a,
machucando,
mortalmente,
Prenderam o pai da menina, enquanto a tia e o Pai de
Santo pegaram a menina e a colocaram em um banco,
tiraram,
sua roupa branca e lhe enrolaram em lençóis,
enquanto,
ela ameaçava perder a consciência, naqueles
instantes,
quando lhe voltava a consciência, ela falava:
”Padrinho cadê minha roupa branca?”
O Pai de Santo já chorando lhe falou:
“Esquece sua roupa branca minha filha, ela tá toda
suja
de sangue, fica firme, aguenta que os médicos estão
chegando”
As vezes ela apagava, as vezes se acordava de novo e
falava:
“Tia... Padrinho..., me dá a minha roupa branca, eu
quero a minha roupa branca” ; e eles falavam:
“Esqueça sua roupa branca filha, ela tá toda suja de,
sangue” ;e isso aconteceu umas cinco vezes; na
quinta,
vez que,
aconteceu isso, a menina falou :
“Padrinho, padrinho eu estou vendo oxalá ali em pé, e
ele está me dizendo que vai me levar agora, por favor,
por tudo,
o que é mais sagrado, me dá a minha roupa branca”
O Pai de Santo extremamente abalado foi lá dentro do,
terreiro, pegou a roupinha branca da menina toda,
ensanguentada e lhe entregou nas mãos, ela abraçou,
sua roupa branca com todo carinho, só de calcinha e,
foi,
fechando os olhinhos pela última vez nessa terra, nisto
o Pai de Santo lhe perguntou,
“Mas por que você quer tanto essa roupinha branca
minha filha?”
E as últimas palavras da menina foram:
Eu quero entrar com essa roupa branca suja de sangue
no céu, para mostrar para Oxalá, que assim como um
dia,
ele,
sangrou por mim, eu também sangrei por ele”.
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