Mandinga é o
nome dado ao povo de uma tribo na costa africana onde hoje é a Etiópia.
Existe uma ligeira confusão de que a palavra Mandinga trata-se de feitiço.
O porquê desta confusão é em virtude da seguinte e célebre frase:
“quem
não pode com mandinga não carrega patuá”.
No tempo da
escravidão uma variedade de escravos de etnias diferentes foi trazida ao nosso
continente entre eles “os mandingas”, quem eram negros do continente Africano
no lado oriental da África.
Estes negros
tinham como religião a muçulmana, que se baseia no alcorão. Eram instruídos e
sabiam ler e escrever na língua arábica e cumpriam a risca os mandamentos do
alcorão. Também eram submissos aos seus patrões, pois entediam que deveriam
cumprir o destino a eles destinado por Alá. Assim ganhavam a confiança dos
feitores das fazendas e tinham mais liberdades que os outros escravos e era
sempre galgado ao posto de Capitão do mato, posto este que lhe davam o direito
de caçar negros fujões.
Estes
“Mandingas” carregam uma pequena bolsa de pano pendurado ao pescoço que davam o
nome de “patuá”, e dentro dessa pequena bolsa havia uma página do alcorão, para
que o mesmo pudesse fazer a oração diária.
Os outros
negros observam que quando fugia um “Mandinga” e era encontrado por um capitão
do mato também “Mandinga” nada acontecia com o mesmo. Então esses negros passaram
a fazer um pequeno saco igual aos dos mandingas e o carregavam no pescoço.
Quando fugiam imaginavam eles que nada lhes aconteceria, mas ledo engano, pois
um mandinga quando encontrava outro abria o saco retirava a folha do Alcorão e
lia o texto. Os outros negros não sabiam ler e colocavam dentro do patuá uma
folha de papel qualquer. O Mandinga Capitão do Mato se revoltava e irado com o
ocorrido matava o negro fujão.
Daí advém à
frase:
“quem não pode com mandinga não carrega patuá”.
Com a
formação dos primeiros terreiros de Candomblé e depois de Umbanda e a
possibilidade de um contato mais direto com diversas entidades espirituais, as
pessoas que procuravam proteção começaram a encontrar nesses objetos sagrados
um apoio (era algo material que continha à força mágica vibratória sempre
consigo).
A
partir de então, as entidades passaram a orientar a sua elaboração, indicando
que objetos seriam incluídos na confecção do patuá e como se deveria proceder
com eles para que recebessem o seu axé, ou seja, a força mágica.
Atualmente,
o patuá é um objeto consagrado que traz em si o axé, a força mágica do Orixá,
do santo católico ou guia de luz, a quem ele é consagrado.
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