NÓS PREJUDICAMOS NOSSOS GUIAS?
Dentre as inúmeras perguntas que recebo
uma em especial, vinda de uma médium de outra casa, me chamou a atenção pela
lógica da pergunta e por se tratar de uma preocupação que deveria ser de todos
os médiuns praticantes:
Em alguns momentos, nós podemos
prejudicar as nossas entidades de umbanda?
E a resposta é “obviamente sim”!
Vivemos falando em doutrina que,
todos os nossos atos e condutas irão definir nossa qualidade como médiuns e
sempre, tudo o que realizarmos dentro de nossa conduta mediúnica irá agradar ou
desagradar os planos superiores e nossos guias precisam de disciplina e bons
comportamentos para nos protegermos de nós mesmos e principalmente de nos
defendermos das artimanhas das forças trevosas que sempre tenta nos induzir aos
erros comportamentais.
Baseado nisso, falarei sobre a
importância do “Orai e Vigiai” com relação as entidades, guias, protetores de
umbanda, sobre o quanto nós os prejudicamos e atrapalhamos quando esquecemos
dessa máxima, do quanto contraímos de karma quando os prejudicamos, não somente
os nossos guias (que tudo perdoam), mas também as pessoas encarnadas que eles
orientam e ajudam, como também, os desencarnados carentes de orientação ou
disciplina.
Vejamos alguns erros comuns aos
médiuns:
A consciência de que, quem realmente faz a umbanda são as entidades, consciência de que se você não estiver “prestando” pra trabalhar quem decide é a entidade, consciência do que é ser umbandista, consciência de que quem faz caridade é a entidade, guia protetor, guardião. Médium apenas resgata karma!
A consciência de que, quem realmente faz a umbanda são as entidades, consciência de que se você não estiver “prestando” pra trabalhar quem decide é a entidade, consciência do que é ser umbandista, consciência de que quem faz caridade é a entidade, guia protetor, guardião. Médium apenas resgata karma!
* Quando nos dirigimos aos terreiros
“sujos”; o que é um médium da umbanda sujo?
Não se iludam achando que é somente o
médium que não tomou o banho preparatório ou o banho comum mesmo, conheço e
vejo, muitos médiuns que estão com os “banhos em dia” mas que sempre transmitem
uma aura suja, ou seja, impregnada de sentimentos profanos.
Entenda-se por sentimentos profanos:
ciúme, inveja, prepotência, arrogância, idolatria, avareza, pensamentos
desequilibrados, indisciplina, indolência, etc. estando um médium munido de
tudo isso, não há banho de ervas que tire ou limpe.
* Quando, durante a gira ou nos
momentos de passe, deixamos o nosso mental ser impregnados por pensamentos
torpes, profanos ou pouco elevados, como por exemplo:
1- Ficar observando os comportamentos
dos irmãos de fé, manifestados ou não, sem que isso, em momento algum,
seja para pós gira, orientá-lo ou ajudá-lo á se corrigir, mas sim, para
simplesmente julgar ou entrar em rodas de conversas para criticar, zombar e
rir.
2- Observar o comportamento dos
consulentes na hora do gira ou momento do passe, sem ser com o objetivo de
orientá-los sobre a disciplina e as normas da casa, ou sobre o entendimento do
que esteja sendo feito pela entidade, mas sim, novamente, simplesmente julgar
ou entrar em rodas de conversas para criticar, zombar, rir ou manifestar
interesses ainda piores...
3- Quando, em momentos de culto ou
necessidade, nos recusamos a “dar passagem” aos nossos guias porque estamos tão
preocupados com nossas próprias mazelas que achamos que não estamos em
condições emocionais ou físicas para o trabalho mediúnico... Falsa humildade!
Falso egoísmo!
Que tal deixarmos para as próprias
entidades decidirem se estamos ou não em condições?
Se realmente estivermos sem condições
para o trabalho, a própria entidade manifestada dará apenas a sua irradiação,
mas não permanecerá acoplada.
Mas não né? Insistimos em saber
mais do que elas!
Além do mais esquecemos também,
quantas vezes aprendemos durante o camboneamento das consultas, quantas
vezes vemos um consulente passando por problemas semelhantes aos nossos e
somos indiretamente orientados pelo guia em terra.
4- Quantas vezes durante os passes e
atendimentos, por não “irmos com a cara” do consulente, interferimos na
consulta, vibrando antipatia, atrapalhando a incorporação, ao ponto, muitas
vezes, da entidade ter que apagar nosso discernimento, encaminhar o consulente
para outra entidade, ou ainda, ser obrigado a terminar logo a consulta? Somos
sempre os certos, né?
5- Desejar sexualmente um (a) irmão (ã)
de fé ou consulente; você esquece que as entidades do astral olham tudo?
Vocês se esquecem (se é que saibam disso)
que a entidade que vocês estão servindo (seus guias) sente ou percebe estes
pensamentos pecaminosos?
Vocês se esquecem (se é que saibam
disso) que uma entidade devidamente manifestada ao perceber este padrão mental
simplesmente desincorpora?
Toda vez que tomarmos qualquer
atitude incoerente ou incompatível com a doutrina umbandista, nós prejudicamos
não somente as nossas entidades, mas a própria umbanda.
Outros pequenos deslizes também
prejudicam e entristecem muito nossos guias, detalhes que parecem pequenos, mas
conotam bons ou maus comportamentos: sujar reinos da natureza, desrespeitar
irmãos de fé, trair o nosso cônjuge, nos omitirmos diante de uma injustiça,
silenciarmos diante de uma calunia, etc.
Eu poderia escrever muitas postagens
a respeito do quanto prejudicamos as nossas entidades de umbanda, mas será que
adiantaria? Será que você leria até o fim?
Porque o respeito ao preceito em não
ingerir bebida alcoólica e não fazer sexo antes das giras, a grande maioria
segue e respeita, mas por outro lado, do que adianta seguir estes preceitos
disciplinares se nosso mental está preocupado com a “balada” que está marcada
para depois da gira?
De que adianta não comer carne
vermelha no dia do culto se você estiver pensando demasiadamente no chopinho
que vai tomar após o gira, na pessoa que vai paquerar ou “ganhar”?
Será que você realmente estará com
uma postura decente para o trabalho mediúnico, se estiver com isso na cabeça?
Como sempre alerto nossa família em
doutrina, eu prefiro um médium que tenha feito sexo ou comido carne vermelha no
dia de gira, mas que seu sentimento esteja voltado para servi-lo e para a
caridade no dia da gira, do que um que não faça sexo ou tenha comido carne há
um ano, mas esteja cheio de rancor ou inveja dentro do seu coração.
Não sejamos hipócritas! A
espiritualidade tudo vê, tudo sabe e não cabe a você julgar o outro!
Se um médium faz sexo na véspera da
sessão com a esposa dele, porque ficou viajando um mês inteiro ou muito
atarefado e estava morrendo de saudades... Ora esse sexo será até salutar! ;
afinal, imaginem como estariam os pensamentos dele durante a gira:
só pensando na hora de ir embora pra poder “matar a saudade”.
Não iria atrapalhar mais? É você quem
vai julgar isso? Ou é a entidade?
Penso que aprender a controlar nossos
“instintos e apetites”, teoricamente é o que deveria nos diferenciar dos
animais não?
Orai e vigiai sim, sempre, mas este
comportamento só adianta se você tiver uma coisa chamada consciência!
Tenda-de-Umbanda-Ogum-Dele
Tenda-de-Umbanda-Ogum-Dele
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